Vestibular Unioeste: Direito é o curso mais concorrido em Mal.Cdo.Rondon
Fonte: www.opresente.com.br/caderno.php?id=7819
Direito é o curso mais concorrido do Vestibular 2011 da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Fonte:
www.vestibular.brasilescola.com/noticias/direito-curso-mais-concorrido-vestibular-2011-uenp.htm
Direito matutino é o curso mais concorrido na Universidade Federal do Maranhão
Fonte: www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=99
Direito é o curso mais concorrido no Vestibular Presencial 2011 da Unitins (Universidade do Tocantins)
Fonte: http://juventudenoticiaemacao.blogspot.com/2010/12/direito-e-o-curso-mais-concorrido-no.html
Direito é curso mais concorrido no Vestibular da UFS (Universidade Federal de Sergipe), passando, pela primeira vez, o curso de medicina...
Fonte: www.cinform.com.br/noticias/111020108193741688/direito+e+curso+mais+concorrido+no+vestibular+da+ufs+.html
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Após uma leitura dos processos seletivos para o ingresso aos cursos em 2011, percebe-se que a demanda pelo Curso de Direito está crescendo muito; em algumas universidades, a procura por este curso já é maior do que pelo Curso de Medicina. Obviamente, o jovem opta por aquele devido o fato de que o bom profissional de direito é muito bem remunerado, principalmente se passar em concurso público na área. No entanto, pode ser também que o alto índice de procura por este curso possa refletir outra realidade, não tão visível para alguns: o relacionamento humano está ficando mais difícil. Conflitos entre patrões e empregados, descasamentos, desrespeito no trânsito, desentendimentos nas relações comerciais, enfim, tudo é motivo de “processo”, em detrimento ao “diálogo”. Será que só temos direito e não obrigações? Será que, num futuro próximo, para humanizarmos as relações, precisaremos criar um Curso de Deveres?
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
DIREITO E IGUALDADE SOCIAL
Jean Jaques Rousseau analisa o progresso da desigualdade na humanidade, presente em três etapas: a primeira caracterizar-se-ia pela fundação da lei e do direito de propriedade; a segunda, na instituição da magistratura (direito também) e a última na transformação do poder legítimo em poder arbitrário (direito novamente). Segundo este autor, a condição de rico e pobre teria sido autorizada pela primeira época, a de poderoso e fraco pela segunda e de senhor e escravo pela terceira. Fundamentalmente, o Direito deve apostar na desigualdade para poder atuar. Sustenta Rousseau, assim, que a desigualdade, sendo quase nula no estado natural, tira a própria força e o próprio incremento do desenvolvimento das nossas faculdades e do progresso do espírito humano, tornando-se por fim, estável e legítima para a instituição da propriedade e das leis, princípio elementar do Direito. Desta forma, conclui o autor, que a desigualdade moral, autorizada apenas pelo direito positivo, é contrária ao direito natural. A distinção determina com suficiência o que se deve pensar a respeito da espécie de desigualdade que reina entre todos os povos civilizados, que seria contra a lei natural, precisamente o fato de que “um menino comande um velho, que um imbecil guie um sábio e que um pequeno grupo de homens tenha coisas supérfluas em abundância, enquanto a multidão faminta não dispõe do necessário.
Immanuel Kant, em relação à eqüidade, reconhece que o direito estrito é uma injustiça. Contudo, afirma que essa injustiça não pode ser corrigida por meio do direito, por mais que se refira a uma questão de direito, “porque a reclamação que se funda na eqüidade somente tem força no tribunal da consciência, ao passo que a questão de direito é discutida no tribunal civil”. Logo, o Direito é controverso quando tenta se sustentar em aspectos mais íntimos do ser humano, como a igualdade plena, levando-se o conceito de que todos são iguais perante Deus na sua essência.
Jacques Derrida, filósofo francês da atualidade, aponta na necessidade de desconstrução de uma rede de conceitos conexos, como propriedade, intencionalidade, vontade, consciência de si mesmo, etc. Este autor defende a tese de que “em nenhum momento se pode dizer presentemente que uma decisão é justa ou que alguém é justo... em lugar de justo, se pode dizer apenas (muitas vezes em contraposição ao justo) de que é legal ou legítimo, de conformidade com o Direito, com regras e com convenções que autorizam um cálculo, mas cuja origem não faz mais que distanciar o problema da justiça”.
É possível então, de alguma forma, humanizar e socializar o Direito para buscar a equidade e justiça social, na própria contramão da história do mesmo Direito?
Para Alf Ross, é possível, pois a exigência formal de igualdade não exclui uma diferenciação entre pessoas que se acham em circunstâncias distintas. Assim, as diversas formulações de justiça, para grupos ou contextos diversos incluem, além da idéia de igualdade, um padrão de avaliação: 1)a cada um segundo seu mérito; 2) a cada um segundo sua contribuição à sociedade; 3) a cada um segundo sua própria necessidade; 4) a cada qual segundo sua capacidade; 5) a cada um segundo sua condição humana. Ressalta Ross que, pela primeira fórmula apontada, o critério é dado pelos méritos morais ou o valor moral de uma pessoa e a idéia de justiça exige uma relação proporcionada entre mérito e destino – neste mundo ou em outro. Pela segunda fórmula, sustentada pelo socialismo marxista, o fator de avaliação é a contribuição que cada pessoa faz à economia social. Pela terceira e quarta fórmulas, aplicadas conjuntamente pela teoria comunista, cada qual deverá contribuir de acordo com sua capacidade e receber de acordo com suas necessidades. Finalmente, pela quinta fórmula, tem-se um princípio aristocrático de justiça que tem sido utilizado para justificar distinções de classe social.
Numa sociedade fundamentalmente capitalista (e o capital já é o princípio básico da desigualdade), será que pesam estes padrões de avaliação para o jurista?
Immanuel Kant, em relação à eqüidade, reconhece que o direito estrito é uma injustiça. Contudo, afirma que essa injustiça não pode ser corrigida por meio do direito, por mais que se refira a uma questão de direito, “porque a reclamação que se funda na eqüidade somente tem força no tribunal da consciência, ao passo que a questão de direito é discutida no tribunal civil”. Logo, o Direito é controverso quando tenta se sustentar em aspectos mais íntimos do ser humano, como a igualdade plena, levando-se o conceito de que todos são iguais perante Deus na sua essência.
Jacques Derrida, filósofo francês da atualidade, aponta na necessidade de desconstrução de uma rede de conceitos conexos, como propriedade, intencionalidade, vontade, consciência de si mesmo, etc. Este autor defende a tese de que “em nenhum momento se pode dizer presentemente que uma decisão é justa ou que alguém é justo... em lugar de justo, se pode dizer apenas (muitas vezes em contraposição ao justo) de que é legal ou legítimo, de conformidade com o Direito, com regras e com convenções que autorizam um cálculo, mas cuja origem não faz mais que distanciar o problema da justiça”.
É possível então, de alguma forma, humanizar e socializar o Direito para buscar a equidade e justiça social, na própria contramão da história do mesmo Direito?
Para Alf Ross, é possível, pois a exigência formal de igualdade não exclui uma diferenciação entre pessoas que se acham em circunstâncias distintas. Assim, as diversas formulações de justiça, para grupos ou contextos diversos incluem, além da idéia de igualdade, um padrão de avaliação: 1)a cada um segundo seu mérito; 2) a cada um segundo sua contribuição à sociedade; 3) a cada um segundo sua própria necessidade; 4) a cada qual segundo sua capacidade; 5) a cada um segundo sua condição humana. Ressalta Ross que, pela primeira fórmula apontada, o critério é dado pelos méritos morais ou o valor moral de uma pessoa e a idéia de justiça exige uma relação proporcionada entre mérito e destino – neste mundo ou em outro. Pela segunda fórmula, sustentada pelo socialismo marxista, o fator de avaliação é a contribuição que cada pessoa faz à economia social. Pela terceira e quarta fórmulas, aplicadas conjuntamente pela teoria comunista, cada qual deverá contribuir de acordo com sua capacidade e receber de acordo com suas necessidades. Finalmente, pela quinta fórmula, tem-se um princípio aristocrático de justiça que tem sido utilizado para justificar distinções de classe social.
Numa sociedade fundamentalmente capitalista (e o capital já é o princípio básico da desigualdade), será que pesam estes padrões de avaliação para o jurista?
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Professores não sofrem de estresse ou depressão, eles sofrem da Síndrome de Burnout
O esgotamento psicofísico do organismo (burnout), representado como um colapso nervoso, é uma síndrome psicológica de exaustão emocional com reduzida percepção de satisfação, baixo nível de motivação e desinteresse pela atividade e, por mais que esforços pessoais sejam frequentes para melhorar o desempenho, geralmente são ineficazes e há uma queda significativa do mesmo.
Um dos principais fatores encontrados da origem do burnout é a falta de controle sobre o trabalho. Faz-se necessário, ainda, acrescentar que, nos territórios da Educação, a Síndrome de Burnout adquire aspectos mais complexos, pelo fato de agregar valores oriundos dos sistemas de educação que se alimentam de perspectivas utópicas que interferem, diretamente, no trabalho do professor.
Currículos, diretrizes, orientações e demais processos burocráticos acabam por disseminar discussões que sempre acabam acumulando estresse nos processos de ensino e aprendizagem e, consequentemente, envolve o professor e sua práxis. A sociedade, por sua vez, transfere responsabilidades extras ao professor, sobrecarregando-o e inculcando-lhe papéis que não serão desempenhados com a competência necessária.
Não há dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, mas os consultórios médicos e psicológicos registram um constante aumento do número de pacientes com relatos de sintomas típicos da Síndrome.
O termo síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.
É importante observar que o problema é sempre relativo ao mundo do trabalho e que a doença atinge pessoas sem antecedentes psicopatológicos. A Síndrome afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato próximo com outros indivíduos e, dos quais, se espera uma atitude solidária com a causa alheia. É o caso de médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, policiais.
Os principais características da Síndrome de Burnout:
SINTOMAS EMOCIONAIS: avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, lapsos de memória.
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: maior consumo de café, álcool e remédios, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento paranóico e/ou agressividade.
É preciso deixar claro que a Síndrome de Burnout não deve ser confundida com estresse ou depressão. No primeiro caso, o aparecimento dos sintomas psicossomáticos (dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia, alterações menstruais) sugere muito mais um estresse ocupacional crônico, algo que os estudiosos do assunto definem com tentativa de adaptação a uma situação claramente desconfortável no trabalho.
Em relação à depressão, chegou-se a cogitar uma sobreposição entre Burnout e depressão, no entanto, tratam-se de conceitos distintos. “O que ambos têm em comum é a disforia, o desânimo. Todavia, avaliando-se as manifestações clínicas, encontramos nos depressivos uma maior submissão à letargia e a prevalência aos sentimentos de culpa e derrota, enquanto nas pessoas com Burnout são mais marcantes o desapontamento e a tristeza. A pessoa que vivencia o Burnout identifica o trabalho como desencadeante deste processo”, explica Adriana de Araújo.
Na realidade, o ritmo acelerado e as tensões no trabalho existentes atualmente, por si só, não desencadeiam a Síndrome. “O desgaste com rotinas extenuantes, horas extras e cobranças de chefias constituem a regra quando o assunto é trabalho nos dias de hoje”, afirma a hipnoterapeuta ericksoniana Adriana de Araújo.
O ambiente de trabalho e as condições organizacionais são fundamentais para que a Síndrome se desenvolva, mas a sua manifestação depende muito mais da reação individual de cada pessoa frente aos problemas que surgem na rotina profissional. A sensação de inadequação na empresa e o sofrimento psíquico intenso desembocam geralmente nos sintomas físicos, quando não dá mais para disfarçar a insatisfação, porque ela afetou a saúde.
O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico. Mas, em alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como os ansiolíticos ou antidepressivos para atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação e, no caso medicamentoso, a prescrição feita por um medico especialista. “No processo psicoterapêutico, além do enfoque individual para o alívio das dificuldades sentidas, é necessário a reflexão e um redimensionamento das atitudes relativas à atividade profissional, objetivos de vida e cuidados com a auto-estima e com sentimentos mais profundos de aceitação”, defende Adriana de Araújo.
Um dos principais fatores encontrados da origem do burnout é a falta de controle sobre o trabalho. Faz-se necessário, ainda, acrescentar que, nos territórios da Educação, a Síndrome de Burnout adquire aspectos mais complexos, pelo fato de agregar valores oriundos dos sistemas de educação que se alimentam de perspectivas utópicas que interferem, diretamente, no trabalho do professor.
Currículos, diretrizes, orientações e demais processos burocráticos acabam por disseminar discussões que sempre acabam acumulando estresse nos processos de ensino e aprendizagem e, consequentemente, envolve o professor e sua práxis. A sociedade, por sua vez, transfere responsabilidades extras ao professor, sobrecarregando-o e inculcando-lhe papéis que não serão desempenhados com a competência necessária.
Não há dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, mas os consultórios médicos e psicológicos registram um constante aumento do número de pacientes com relatos de sintomas típicos da Síndrome.
O termo síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.
É importante observar que o problema é sempre relativo ao mundo do trabalho e que a doença atinge pessoas sem antecedentes psicopatológicos. A Síndrome afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato próximo com outros indivíduos e, dos quais, se espera uma atitude solidária com a causa alheia. É o caso de médicos, enfermeiros, psicólogos, professores, policiais.
Os principais características da Síndrome de Burnout:
SINTOMAS EMOCIONAIS: avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, lapsos de memória.
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: maior consumo de café, álcool e remédios, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento paranóico e/ou agressividade.
É preciso deixar claro que a Síndrome de Burnout não deve ser confundida com estresse ou depressão. No primeiro caso, o aparecimento dos sintomas psicossomáticos (dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia, alterações menstruais) sugere muito mais um estresse ocupacional crônico, algo que os estudiosos do assunto definem com tentativa de adaptação a uma situação claramente desconfortável no trabalho.
Em relação à depressão, chegou-se a cogitar uma sobreposição entre Burnout e depressão, no entanto, tratam-se de conceitos distintos. “O que ambos têm em comum é a disforia, o desânimo. Todavia, avaliando-se as manifestações clínicas, encontramos nos depressivos uma maior submissão à letargia e a prevalência aos sentimentos de culpa e derrota, enquanto nas pessoas com Burnout são mais marcantes o desapontamento e a tristeza. A pessoa que vivencia o Burnout identifica o trabalho como desencadeante deste processo”, explica Adriana de Araújo.
Na realidade, o ritmo acelerado e as tensões no trabalho existentes atualmente, por si só, não desencadeiam a Síndrome. “O desgaste com rotinas extenuantes, horas extras e cobranças de chefias constituem a regra quando o assunto é trabalho nos dias de hoje”, afirma a hipnoterapeuta ericksoniana Adriana de Araújo.
O ambiente de trabalho e as condições organizacionais são fundamentais para que a Síndrome se desenvolva, mas a sua manifestação depende muito mais da reação individual de cada pessoa frente aos problemas que surgem na rotina profissional. A sensação de inadequação na empresa e o sofrimento psíquico intenso desembocam geralmente nos sintomas físicos, quando não dá mais para disfarçar a insatisfação, porque ela afetou a saúde.
O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico. Mas, em alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como os ansiolíticos ou antidepressivos para atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação e, no caso medicamentoso, a prescrição feita por um medico especialista. “No processo psicoterapêutico, além do enfoque individual para o alívio das dificuldades sentidas, é necessário a reflexão e um redimensionamento das atitudes relativas à atividade profissional, objetivos de vida e cuidados com a auto-estima e com sentimentos mais profundos de aceitação”, defende Adriana de Araújo.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Em Terra de Grampos e Câmeras de Vigilância, Pagamos o Preço!!
A Tecnologia da Informação trouxe muitas inovações, tanto para as organizações quanto para os cidadãos, apesar de que muitos a usam por questões de status. De qualquer forma, os brinquedinhos modernos têm causado profundas mudanças de comportamento, em todas as áreas do conhecimento humano. Na questão da Segurança Pública não é diferente.
A cada dia percebemos mais e mais investimentos para a prevenção de diversas práticas ilícitas, mas o que mais chama a atenção é o fato de se registrar o fato e só depois desmascarar os envolvidos. Esse é o ponto de calorosos debates sobre a velha e obsoleta "invasão de privacidade". De fato, existem pessoas inescrupulosas que utilizam a tecnologia para literalmente invadir a vida alheia e, com isso, roubar informação (na era do conhecimento, é o que realmente vale). Mas penso que, apesar de todas as adversidades, o sistema de vigilância por câmeras é e será a maior garantia de lisura do cidadão e, ao mesmo tempo, a prova inegável do cometimento de um crime ou contravenção. Esta maneira de fiscalizar a segurança pública é representada pelo dito popular: "quem não deve, não teme".
Notadamente as câmeras de vigilância podem contribuir de diversas formas na administração pública, não só em questões de coibir práticas ilícitas ou abusivas, mas também como processo de gestão da vida e patrimônio públicos, em diversos problemas ou demandas sociais. Na minha simplicidade como professor, tenho defendido a seguinte idéia: se a tecnologia pode substituir o trabalho humano, ela deve fazê-lo, pois o homem não merece, não foi concebido para fazer trabalho de máquina, sua inteligência, criatividade e capacidade de inovação não pode ser desprezada e a "conversa-mole" de que a tecnologia vai tirar o emprego de muita gente é hipocrisia, é falta de vontade no trilhar de um admirável mundo novo.
A cada dia percebemos mais e mais investimentos para a prevenção de diversas práticas ilícitas, mas o que mais chama a atenção é o fato de se registrar o fato e só depois desmascarar os envolvidos. Esse é o ponto de calorosos debates sobre a velha e obsoleta "invasão de privacidade". De fato, existem pessoas inescrupulosas que utilizam a tecnologia para literalmente invadir a vida alheia e, com isso, roubar informação (na era do conhecimento, é o que realmente vale). Mas penso que, apesar de todas as adversidades, o sistema de vigilância por câmeras é e será a maior garantia de lisura do cidadão e, ao mesmo tempo, a prova inegável do cometimento de um crime ou contravenção. Esta maneira de fiscalizar a segurança pública é representada pelo dito popular: "quem não deve, não teme".
Notadamente as câmeras de vigilância podem contribuir de diversas formas na administração pública, não só em questões de coibir práticas ilícitas ou abusivas, mas também como processo de gestão da vida e patrimônio públicos, em diversos problemas ou demandas sociais. Na minha simplicidade como professor, tenho defendido a seguinte idéia: se a tecnologia pode substituir o trabalho humano, ela deve fazê-lo, pois o homem não merece, não foi concebido para fazer trabalho de máquina, sua inteligência, criatividade e capacidade de inovação não pode ser desprezada e a "conversa-mole" de que a tecnologia vai tirar o emprego de muita gente é hipocrisia, é falta de vontade no trilhar de um admirável mundo novo.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
EGO, O FALSO CENTRO versus EU, O CENTRO VERDADEIRO
Hoje, recebi (gratuitamente) uma revista com um nome em inglês (em português não causa impacto) e fiquei bastante impressionado... coisa “fina”, com uma capa plastificada, figuras internas com excelente qualidade, material muito bom mesmo... a frustração é somente no conteúdo, pois é um puro manifesto do EGO, O FALSO CENTRO. Obviamente que este “ensaio” não é uma crítica à revista, mas sim ao modo alienante da exacerbação do ego, cada vez mais angustiante e sufocante, e o EU, O CENTRO VERDADEIRO, pede socorro. Para entender melhor, o primeiro ponto é distinguir o EGO e a diferença deste para com o próprio EU.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. A primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros. Todos esses sentidos abrem-se para fora. Assim, quando uma criança nasce, ela abre seus olhos e vê os outros. Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.
Com o passar do tempo, pouco a pouco, a criança se torna consciente de si mesma. Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente do que a mãe pensa a seu respeito: Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se esta mãe diz "você é bonita", se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. A partir daí, um EGO está nascendo. Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro também é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito. Logo, o EGO não pode ser o verdadeiro centro, é algo que os outros passam pra você.
E esse é o EGO: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo. Isso, muitas vezes, causa estresse e até depressão (tudo por causa de um falso centro).
Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas. O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal.
No entanto, isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro EU, não. Como na expressão booleana da matemática, o Verdadeiro só pode ser conhecido através do Falso. Portanto, o ego é uma necessidade (infelizmente). Temos que passar por ele. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é Verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
Muito bem, sabemos agora que o ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor; não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.
Mas cuidado: Eles (os outros) não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade e na perpetuação das coisas que interessam a esta sociedade e é assim que deve ser. Ela não está interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhe que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão. Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade, para eles, significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.
Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. Nesta sociedade alienadora, toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes, ajustados à moralidade desta mesma sociedade. Assim, a sociedade se perpetua.
A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O EU nunca poderá ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o EU - isso não é possível. E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança, pouco a pouco, fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade. Mas este é o falso centro.
O menino volta para casa e, se ele foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você o abraça e o beija; você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: "Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós”. Pronto: Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado. O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção. Conclui-se, portanto, que são os outros que modelam o seu centro. Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro. Este não é da conta de ninguém. Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros: Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o EU. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade: o EGO. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego, a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia. Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um “certinho”. E se você tiver posses, você é VIP. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é. Os outros lhe deram a idéia. Essa idéia é o ego.
Tente entendê-lo, o mais profundamente e o mais rapidamente possível, porque ele tem que ser ignorado. E, se você não o ignorar, nunca será capaz de alcançar o EU. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o EU. E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, criará um caos. Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos, do sacrifício, da dificuldade, antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.
Se você, portanto, puder identificar este narciso ego e for corajoso para não voltar a cair neste maniqueísta ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esta é a sua alma, o EU. Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência. É o que Buda chama de “Dharma”, Lao Tsé chama de “Tao”, Heráclito chama de “Logos”. Não é feita pelo homem nem construída pela sociedade. É a própria ordem da existência, é o DEUS. Sim, tua alma é o teu próprio Deus.
A diferença entre o EU e o EGO é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas se parece com uma flor (reflexo). Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela. Você tem um centro que floresce dentro de você. Mas você está satisfeito com um ego de plástico.
Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode, até porque nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico e, de certa forma, elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas, mas são permanentes. Já diria uma música dos Titãs: “as flores de plástico não morrem...”
A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce. Assim, dizemos que DEUS é eterno, pois ele sempre se renova, rejuvenesce nossa alma.
Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor e outra flor, sempre diferentes; nunca vemos a continuidade. Trata-se da mesma flor que floresceu ontem. Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.
O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo, alguém de valor. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba. Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo? O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade consumista, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, teus bens lhe dão uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com esta “posição social” (aquela estampada na magnífica revista, nas páginas centrais dos jornais), você perderá toda a oportunidade de encontrar o EU.
Jovens que estão à mercê da alienação pelo ego, com uma vida de plástico, “bombados e sarados”, como podereis serem felizes? Com uma vida falsa, alienada ao mundo fácil da flor de plástico? Vocês nunca perceberam que os tipos de tormentos acontecem através do ego?? O ego é o inferno, refletido nos SETE PECADOS CAPITAIS. O ego é o próprio satanás.
O ego entra em conflito com outros egos, continuamente, porque cada ego está inseguro de si mesmo. Tem que estar mesmo - ele é uma coisa falsa. Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o EU nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê? Porque se ninguém lhe dá atenção, o ego sente fome. Ele vive de atenção (quer melhor exemplo do que daquela “personalidade” que deixou de ser famosa? Um caos!). Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, isso é bom, pois você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?
Percebemos que as pessoas que valorizam o seu “EU” nunca aparecem, não estão na mídia. Não fazem de tudo para alimentar o ego, para aparecer nas chamadas “colunas sociais” (ah, sim, isso é coisa daquela mesma sociedade que alimenta os egos, aquela revista que foi citada lá no primeiro parágrafo).
Lembre-se: não há necessidade de abandonar o ego. Aliás, não há como abandonar definitivamente o próprio ego. Se você o tentar abandonar, estará apenas conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: "Tornei-me humilde". Não tente ser humilde. Isso é o ego novamente. E um homem realmente humilde não é nem humilde nem egoísta. Ele é simplesmente simples. Se você se dá conta de que é humilde, o ego continua crescendo dentro de você.
É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego dos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar. Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente observe. Quanta produção visual!! Quanta flor de plástico!! Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência e tiver sentido, com totalidade, que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, então o verdadeiro centro surge. E este centro verdadeiro é a alma, o EU, o teu próprio DEUS, a verdade, a ETERNIDADE, a simplicidade mais pura que o doce sorriso de uma criança.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. A primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros. Todos esses sentidos abrem-se para fora. Assim, quando uma criança nasce, ela abre seus olhos e vê os outros. Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.
Com o passar do tempo, pouco a pouco, a criança se torna consciente de si mesma. Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente do que a mãe pensa a seu respeito: Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se esta mãe diz "você é bonita", se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. A partir daí, um EGO está nascendo. Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro também é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito. Logo, o EGO não pode ser o verdadeiro centro, é algo que os outros passam pra você.
E esse é o EGO: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo. Isso, muitas vezes, causa estresse e até depressão (tudo por causa de um falso centro).
Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas. O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal.
No entanto, isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro EU, não. Como na expressão booleana da matemática, o Verdadeiro só pode ser conhecido através do Falso. Portanto, o ego é uma necessidade (infelizmente). Temos que passar por ele. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é Verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
Muito bem, sabemos agora que o ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor; não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.
Mas cuidado: Eles (os outros) não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade e na perpetuação das coisas que interessam a esta sociedade e é assim que deve ser. Ela não está interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhe que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão. Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade, para eles, significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.
Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. Nesta sociedade alienadora, toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes, ajustados à moralidade desta mesma sociedade. Assim, a sociedade se perpetua.
A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O EU nunca poderá ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o EU - isso não é possível. E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança, pouco a pouco, fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade. Mas este é o falso centro.
O menino volta para casa e, se ele foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você o abraça e o beija; você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: "Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós”. Pronto: Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado. O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção. Conclui-se, portanto, que são os outros que modelam o seu centro. Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro. Este não é da conta de ninguém. Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros: Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o EU. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade: o EGO. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego, a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia. Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um “certinho”. E se você tiver posses, você é VIP. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é. Os outros lhe deram a idéia. Essa idéia é o ego.
Tente entendê-lo, o mais profundamente e o mais rapidamente possível, porque ele tem que ser ignorado. E, se você não o ignorar, nunca será capaz de alcançar o EU. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o EU. E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, criará um caos. Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos, do sacrifício, da dificuldade, antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.
Se você, portanto, puder identificar este narciso ego e for corajoso para não voltar a cair neste maniqueísta ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esta é a sua alma, o EU. Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência. É o que Buda chama de “Dharma”, Lao Tsé chama de “Tao”, Heráclito chama de “Logos”. Não é feita pelo homem nem construída pela sociedade. É a própria ordem da existência, é o DEUS. Sim, tua alma é o teu próprio Deus.
A diferença entre o EU e o EGO é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas se parece com uma flor (reflexo). Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela. Você tem um centro que floresce dentro de você. Mas você está satisfeito com um ego de plástico.
Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode, até porque nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico e, de certa forma, elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas, mas são permanentes. Já diria uma música dos Titãs: “as flores de plástico não morrem...”
A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce. Assim, dizemos que DEUS é eterno, pois ele sempre se renova, rejuvenesce nossa alma.
Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor e outra flor, sempre diferentes; nunca vemos a continuidade. Trata-se da mesma flor que floresceu ontem. Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.
O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo, alguém de valor. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba. Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo? O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade consumista, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, teus bens lhe dão uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com esta “posição social” (aquela estampada na magnífica revista, nas páginas centrais dos jornais), você perderá toda a oportunidade de encontrar o EU.
Jovens que estão à mercê da alienação pelo ego, com uma vida de plástico, “bombados e sarados”, como podereis serem felizes? Com uma vida falsa, alienada ao mundo fácil da flor de plástico? Vocês nunca perceberam que os tipos de tormentos acontecem através do ego?? O ego é o inferno, refletido nos SETE PECADOS CAPITAIS. O ego é o próprio satanás.
O ego entra em conflito com outros egos, continuamente, porque cada ego está inseguro de si mesmo. Tem que estar mesmo - ele é uma coisa falsa. Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o EU nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê? Porque se ninguém lhe dá atenção, o ego sente fome. Ele vive de atenção (quer melhor exemplo do que daquela “personalidade” que deixou de ser famosa? Um caos!). Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, isso é bom, pois você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?
Percebemos que as pessoas que valorizam o seu “EU” nunca aparecem, não estão na mídia. Não fazem de tudo para alimentar o ego, para aparecer nas chamadas “colunas sociais” (ah, sim, isso é coisa daquela mesma sociedade que alimenta os egos, aquela revista que foi citada lá no primeiro parágrafo).
Lembre-se: não há necessidade de abandonar o ego. Aliás, não há como abandonar definitivamente o próprio ego. Se você o tentar abandonar, estará apenas conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: "Tornei-me humilde". Não tente ser humilde. Isso é o ego novamente. E um homem realmente humilde não é nem humilde nem egoísta. Ele é simplesmente simples. Se você se dá conta de que é humilde, o ego continua crescendo dentro de você.
É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego dos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar. Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente observe. Quanta produção visual!! Quanta flor de plástico!! Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência e tiver sentido, com totalidade, que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, então o verdadeiro centro surge. E este centro verdadeiro é a alma, o EU, o teu próprio DEUS, a verdade, a ETERNIDADE, a simplicidade mais pura que o doce sorriso de uma criança.
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